Por Edlamara Conti
Os parabéns pelos 470 anos de Vitória não podiam ter um cenário mais bonito. Ao som da Banda de Congo Amores da Lua, de Santa Martha, a comemoração foi no Parque Natural Municipal Vale do Mulembá, em Joana D’Arc. Para marcar o aniversário da cidade, o prefeito Lorenzo Pazolini inaugurou as novas estruturas do local, que estava há quase dez anos fechado para a visitação pública.
“Estamos trabalhando muito para criar uma cidade que cuida melhor das pessoas e do meio ambiente. Cada entrega que fazemos representa o esforço da gestão, dos servidores e muito diálogo com os vereadores, com as comunidades e com as organizações parceiras. Vamos em frente com muita luta, fé e determinação, para fazer de Vitória cada vez mais referência para todo o Brasil”, comemorou o prefeito Lorenzo Pazolini.

O parque ganhou um Centro de Visitantes e Administrativo, um Centro de Educação Ambiental e Cultural, um auditório e o Módulo de Apoio dos Tiradores de Barro, que representa a valoriza o trabalho ancestral das paneleiras. Além disso, ganhou cercamento, pórtico de entrada, vias de circulação interna e estacionamento, oferecendo novas estruturas para o convívio com a natureza e para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, pesquisa e valorização do nosso patrimônio cultural, como a produção da panela de barro.
Em uma área de 142 hectares, o parque é uma reserva de Mata Atlântica habitada por espécies raras, como o sagui-da-cara-branca e o gavião-carijó, e cortada por várias nascentes. As obras realizadas no parque representaram um investimento de mais de R$ 2,2 milhões, provenientes de compensação ambiental firmada entre a Arcelor Mittal e a Prefeitura de Vitória.
Proteção ambiental e cultural
Com uma área correspondente a quase 200 campos de futebol, no Maciço Central de Vitória, o Parque Vale do Mulembá tem limites com os bairros Joana D´Arc, Conquista, Redenção, São José, Tabuazeiro e São Cristóvão. Toda essa área apresenta vegetação de Mata Atlântica de encosta, topos como o Morro do Parapente, com 185 metros de altura, fauna silvestre, nascentes e o Vale do Mulembá, do fundo do qual é retirada a argila, matéria-prima para a confecção das tradicionais panelas de barro.